Monovolume da Mercedes-Benz em nova geração quer fazer um pouco de tudo, mas será que ele cumpre essa tarefa?
*Fonte: Site IG.
05/10/2012 - Thiago Moreno, de Riviera de São Lourenço (SP) / Fotos: Divulgação / Fonte: iCarros
"Nosso desafio era trazer todo o luxo que se espera de um Mercedes-Benz para um carro de entrada", relatou Dirlei Dias, gerente sênior de Vendas da marca, durante o lançamento da nova geração do Classe B para o mercado Brasileiro. Sendo um monovolume, o modelo sempre precisou se esforçar para provar a todos que merecia a estrela de três pontas no capô, afinal, não possuía o formato de sedã luxuoso como a maioria dos modelos da marca. Com tantas exigências sobre o carro, será que ele consegue satisfazer e ser versátil?
Disponível nas versões B200 e B200 Sport, o carro custa, respectivamente, R$ 115.900 e R$ 129.900. A lista de equipamentos é compatível com um carro nesse preço. De série, leva ar-condicionado, bancos em tecido com regulagens manuais, direção com assistência variável, sete airbags, ABS com EBD, controle de tração, lanternas traseiras com LED, sistema de som Premium, volante multifuncional e rodas de 16 polegadas.
A versão topo de linha inclui detalhes cromados, rodas de 18 polegadas, discos de freio dianteiros perfurados, faróis bixenônio, ponteira dupla de escape, difusor de ar traseiro, bancos em couro, relação variável de esterço - mecanismo que altera a quantidade de voltas no volante necessárias para virar o carro - e o Active Park Assist, sistema que mede a vaga e pode estacionar e retirar o carro do espaço sozinho com o motorista apenas controlando o acelerador e o freio. A Mercedes espera que 90% dos 500 Classe B previstos para serem vendidos em 2012 sejam da versão B200 Sport. Ficou faltando apenas o sensor de estacionamento e o GPS, não disponíveis para o Classe B.
A última geração do modelo, voltada mais ao conforto, tinha linhas sóbrias e que não evocavam esportividade. Esse conceito deu lugar a um carro com uma carroceria mais esguia e linhas agressivas. São 4,3 m de comprimento, 1,5 m de altura e 2 m de largura. Com isso, A versão atual está 5 cm mais baixa, 9 cm mais comprida e 1 cm mais larga que a anterior. O porta-malas agora leva 488 litros de bagagem, mas, com os bancos traseiros rebatidos, essa capacidade vai a 1.547 litros.
Para completar a parte esportiva que a Mercedes quis passar ao carro, há o motor 1.6 turbo a gasolina com injeção direta de combustível e 156 cv de potência. O torque máximo é de 25,5 kgfm e já está disponível a partir das 1.250 rotações. Como é característico em motores desse tipo, o torque máximo se mantém a até os 4.000 rpm. O câmbio que equipa o novo Classe B é figurinha carimbada na Mercedes: automático de dupla embreagem com sete velocidades e borboletas atrás do volante para trocas manuais. Com isso, o carro acelera de 0 a 100 km/h em 8,4 s e atinge velocidade máxima de 220 km/h.
Uma salada que deu certo
Ser compacto como um hatch, prático como um monovolume, espaçoso como um SUV e requintado como um Mercedes-Benz é uma fórmula complexa e difícil de equilibrar. Juntar tantas ideias é como montar um prato cheio de ingredientes: se as escolhas não combinarem, a refeição pode deixar um gosto ruim na boca. Na aparência e nos números, o Classe B consegue resolver essa equação, mas dirigí-lo poderia revelar algum problema na conta, afinal, esportividade e requinte são itens subjetivos que não se confirmam apenas olhando.
A marca disponibilizou o B200 Sport para teste, mas em uma versão de pré-série, sem todas as modificações para o Brasil. As principais diferenças estavam na falta da ponteira dupla de escape e na suspensão, mais rígida que a dos carros que serão vendidos.
Apesar de não tentarem esconder que se trata de um monovolume, as novas linhas e a carroceria maior e mais baixa deram um ar esportivo ao carro. Por dentro, o acabamento e os materiais fazem o motorista se sentir como em qualquer carro da Mercedes. Os arremates são precisos e passam uma sensação de solidez dentro da cabine. A mimese é tão boa que só dá para saber não se trata, por exemplo, de um Classe C por causa da elevada posição para dirigir. No banco traseiro, três adultos se acomodam sem dificuldades e todos contam com encostos de cabeça e cintos de segurança de três pontos, como é ideal num modelo de pretensões também familiares.
Na versão Sport, com a direção de esterço variável, manobras são fáceis, já que são apenas duas voltas inteiras no volante para virar as rodas de completamente à direita para completamente à esquerda. Conforme a velocidade aumenta, o peso na direção cresce e é preciso dar mais voltas no volante para cumprir a mesma tarefa. Isso se traduz num carro fácil de estacionar e que não é arisco em alta velocidade.
O motor 1.6 de 156 cv entrega respostas rápidas graças à curva de torque que é plaina até os 4.000 rpm. Dá até pra estranhar o comportamento esportivo num caro que, fundamentalmente, é um monovolume. O câmbio de dupla embreagem age rápido e as trocas são suaves. No modo manual, as borboletas atrás do volante acionam o câmbio e ele faz a mudança na hora, sem hesitar, como ocorre em caixas automáticas convencionais.
Como o modelo testado não tinha o mesmo jogo de suspensão que será vendido no Brasil, a avaliação do comportamento dinâmico do Classe B vai ter que esperar até um teste mais profundo no futuro, mas a carroceria é bastante rígida e não torce, mesmo enfrentando imperfeições no asfalto.
Ao se chegar ao destino, descer do carro é uma experiência estranha: seus olhos veem um monovolume, assim como Honda Fit e Fiat Idea, por exemplo. Mas seus sentidos experimentaram um toque de desempenho esportivo e um interior luxuoso. A salada de conceitos que é o Classe B rendeu um prato ímpar, mérito do "Chef": Mercedes-Benz.
Salão terá mais compactos - O Classe B é o primeiro de quatro modelos compactos que a Mercedes trará ao Brasil. No Salão do Automóvel de São Paulo, que ocorre em outubro, a marca mostrará ainda a nova geração do hatch Classe A e o sedã CLA. Ainda há um SUV nos planos, mas ele não chegará a tempo para o evento. Dirlei Dias ressaltou que, nos próximos quatro anos, a Mercedes-Benz introduzirá dez novos modelos no Brasil.
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