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terça-feira, 3 de julho de 2012

Seguro vira item de série para Classe C

Michael Santos
Da Redação | Site Jornal A Tribuna

Vai longe o tempo em que contratar um seguro para automóveis no Brasil era coisa de pessoas com alto poder aquisitivo. Em 2011, a classe C consumiu41,3% das ofertas do mercado para veículos. Há três anos, o segmento representava apenas 29,1% do total.

O aumento foi revelado em pesquisa realizada pelo Serasa Experian. De acordo com o levantamento, o crescimento de contratações foi de 40% em três anos. Além disso, o estudo conclui que essa parcela da sociedade lidera o ranking de adesões pela primeira vez na história, superando as classes A e B.

Atentas ao quadro, as empresas do setor já estão se adequando à demanda. O diretor operacional da Seguralta, Luis Gustavo Zanon, afirma que a situação já força as empresas a criar novos produtos. “Percebemos que precisávamos ter opções que se adequassem ao bolso e necessidades desse perfil de cliente. Tanto é que nos vimos obrigados a abrir franquias em todo o Brasil”. Hoje, são 210 unidades da companhia.

Zanon, profissional que também atua com venda de outros tipos de seguro, aponta a área de veículos como a que mais cresce. Segundo o diretor, nos últimos três anos as adesões para carros aumentaram. “Temos 43 anos de atuação. Mas, recentemente, vender seguro para automóveis teve um boom impressionante”, diz. Contudo, o fato não chegou a surpreender. Isso porque, de acordo com Zanon, a empresa já vinha trabalhando com relatórios que mostravam crescimento no consumo de veículos populares, o que poderia levar - e levou - a classe C a ser protagonista na contratação de apólices para carros. 

“Quem compra um automóvel logo pensa em se proteger para não perder o investimento”. Essa é a explicação do diretor para o crescimento das contratações, e ela é embasada pelos números. Segundo a Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), de janeiro a março deste ano mais de 107 mil carros e motocicletas foram roubados ou furtados. E ainda existe espaço para um novo crescimento. Aproximadamente 54% da população do País (cerca de 102 milhões de pessoas) está inserida na classe C. “Trabalhamos com a perspectiva de aumento nos próximos anos”, coloca Zanon, que aponta ainda a cidade de Santos como um dos locais em que houve elevação nas vendas.

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